Pois, segundo Beth Brindle do site how stuff
works, todos esses estereótipos não só são comuns, como universais —
embora eles nem sempre correspondam à realidade. Assim, que tal conferir
7 fatos que nós acreditamos sobre os animais, mas sobre os quais
estamos equivocados?
1 – Os coalas são fofinhos
Vai dizer que não dá vontade abraçar e ninar o
bichinho fofo e todo peludinho da imagem acima! Pois, segundo Beth, para
começar, o pelo dos coalas, ao contrário do que parece, não é macio e
sedoso, mas áspero e com textura parecida à da lã das ovelhas. Além
disso, esses animais possuem membros fortes e musculosos, e seus
dedinhos são equipados com garras longas e afiadas que os ajudam a ficar
agarrados às árvores.
Embora os coalas não sejam animais agressivos,
eles podem usar suas unhas e dentes para se defender quando se sentem
ameaçados, e uma forma de deixá-los assustados é tentar pegar um deles
no colo.
2 – Os porcos são... porcos
Normalmente associamos a imagem de porcos rolando
na lama com animais sujinhos, não é mesmo? Tanto que a maioria de nós
não leva para o lado positivo quando somos chamados de “porco” ou
“porcalhão”. Contudo, a verdade é que esses animais não são tão sujos
como parecem. Aliás, acredite, eles estão entre os bichos menos porcos
da fazenda!
De acordo com Beth, eles são incapazes de suar e,
se puderem escolher, jamais defecarão próximo dos locais onde dormem ou
se alimentam. O ato de rolar na lama está, na verdade, associado à
incapacidade de transpirar, e serve para regular a temperatura corporal e
proteger a pele contra a ação do sol e de picadas de insetos. Com
respeito ao cheirinho desagradável que sentimos quando nos aproximamos
das pocilgas, bem, ele é culpa dos humanos.
Em fazendas de criação de porcos, normalmente
esses animais ficam confinados em locais com muitos outros companheiros
enquanto vão sendo engordados para o abate. E, nesses ambientes, os
porcos simplesmente são incapazes de seguir seus próprios instintos e
acabam ficando bem... porcos.
3 – Os golfinhos estão sempre felizes
Você não acha que os golfinhos têm a aparência de
estarem sempre felizes e sorrindo? Pois esses animais são incapazes de
mudar suas expressões, e a impressão de que eles estão constantemente
alegres — especialmente quando apresentando seus truques diante de
plateias humanas — se dá por conta da estrutura de suas mandíbulas e
porque suas bocas ficam curvadas para cima.
No entanto, não se deixe enganar. Muitos dos
golfinhos que são mantidos em cativeiro — seja em aquários ou parques
temáticos — apresentam sinais de stress, depressão e tristeza, e muitos
dos que estão livres na natureza podem ser agressivos quando necessário.
4 – As vacas não são muito espertas
Quando vemos imagens de vacas — constantemente
ruminando com aquelas carinhas simpáticas —, dificilmente associamos
esses animais com qualidades como inteligência ou astúcia. Contudo,
apesar das aparências, esses animais são capazes de reproduzir alguns
comportamentos comuns em humanos, como manter relações sociais e até
escolher outra vaquinha como melhor amiga.
Além disso, estudos apontaram que as vacas podem
ser rancorosas e sofrem quando bezerrinhos ou as amigas morrem. E uma
pesquisa realizada pela Universidade de Cambridge demonstrou que esses
animais são capazes de aprender truques — como abrir uma porteira para
conseguir uma recompensa na forma de comida — e que são conscientes de
que estão aprendendo algo novo.
5 – Os cães são leais
Um dos maiores estereótipos associados com animais
talvez seja o de que os cães são animais extremamente leais e
totalmente merecedores do título de “melhor amigo do homem”. Aliás, o
que não faltam por aí são donos de cachorros — assim como milhares de
vídeos, testemunhos e histórias — que suportam essa ideia.
Contudo, segundo Beth, um estudo realizado por
pesquisadores húngaros demonstrou que em alguns casos essa lealdade pode
ser “comprada”. Os cientistas fizeram um experimento no qual um robô
foi programado para falar com um determinado tom de voz e usar uma mão
vestida com uma luva para apontar na direção de onde havia comida
escondida.
Depois, os pesquisadores incluíram alguns humanos
no experimento — que não apontavam para comida nenhuma —, e adivinha ao
lado de quem os cachorros preferiram se sentar? No das pessoas que
participaram do estudo é que não foi! Vendidos...
6 – Os gatos não ligam para os donos
Assim como circula a ideia de que os cães são
fiéis, também circula a noção de que os gatos são criaturas
independentes que não estão nem aí para seus donos. Mas um estudo
recente demonstrou que os gatos são capazes de reagir quando ouvem as
vozes de seus donos, mesmo quando estes se encontram fora do campo de
visão, sugerindo que, em vez de serem indiferentes, os felinos conseguem
diferenciar entre pessoas familiares e desconhecidas.
Além disso, se você conversar com alguém que têm
ou já teve gatos em casa, essas pessoas provavelmente dirão que, na
verdade, os gatos costumam demonstrar seu afeto de maneiras peculiares,
como sentando próximo ou sobre os donos, esfregando seus corpos contra
suas pernas ou, ainda, por meio de lambidas. Eles só são menos
eloquentes e pouco compreendidos!
7 – As preguiças são... preguiçosas
A ideia aqui funciona como a de que os porcos são
porcos — ou você vai dizer que nunca se inspirou nas pobres preguiças
para reclamar daquele seu amigo vadio! Entretanto, embora não restem
dúvidas de que esses animaizinhos realmente são pra lá de lentos (se
movendo com velocidades máximas de 1,8 a 2,4 metros por minuto), isso
não tem nada a ver com vagabundagem.
Ao contrário do que muita gente pensa, na natureza
as preguiças não passam o tempo todo dormindo — seus períodos de sono
ocupam em média 9,6 horas do dia —, e seus corpos, aparentemente
inativos, estão em constante atividade. A dieta desses animais consiste
principalmente em folhas, por exemplo. Assim, enquanto estão paradinhas
nas árvores “vendo a vida passar”, seus estômagos e intestinos estão
diligentemente digerindo suas refeições.
E esse processo — no qual seus organismos
trabalham duro para extrair cada nutriente disponível — pode durar até
50 dias. Assim, a lentidão das preguiças não está relacionada com a
preguiça, mas sim à atividade de seu metabolismo.
Fonte: megacurioso.com.br
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